População do Amazonas é composta por 80,1% de pessoas pardas, maior índice do país

A população total do Amazonas foi estimada em 4 milhões e 104 mil pessoas em 2021, o que representa um aumento de 13,8% ante 2012. Já a população de Manaus foi estimada em 2 milhões e 256 mil pessoas, em 2021, aumento de 15,2% em relação a 2012.

A população parda do Amazonas apresentou, em 2021, o maior percentual entre os Estados e DF: 80,1%, seguido pela população do Amapá (77,3%) e pela do Acre (77,0%). Em 2012, o percentual de pessoas pardas no Estado era de 75,1%. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características Gerais dos Moradores. Os dados foram divulgados hoje (22) pelo IBGE.

Além disso, no Amazonas, em 2021, foi estimado o percentual de 51,5% de homens na população – o maior percentual entre os Estados e o DF. Em relação às mulheres, o percentual do Amazonas foi, portanto, o menor, 48,5%.

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A população total do Amazonas foi estimada em 4 milhões e 104 mil pessoas em 2021, o que representa um aumento de 13,8% ante 2012. Já a população de Manaus foi estimada em 2 milhões e 256 mil pessoas, em 2021, aumento de 15,2% em relação a 2012.

Nesses dez anos, o Centro-Oeste teve o maior aumento populacional (13,0%), seguido pelo Norte (12,9%). No entanto, as duas regiões mantiveram as menores participações na população total (7,8% e 8,7%, respectivamente). Já o Sudeste, região mais populosa, aumentou seu contingente em 7,3% e passou a concentrar 42,1% da população em 2021. O Nordeste, por outro lado, teve o menor crescimento populacional no período (5,1%) e concentrava 27,1% da população do país.

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O analista da pesquisa, Gustavo Fontes, explica que as estimativas de sexo e classes de idade para Brasil, por ser alinhada com as Projeções Populacionais, ainda não incorporam os efeitos da pandemia, como a queda no número de nascimentos e o aumento dos óbitos. “Com os resultados do Censo 2022, esses parâmetros serão atualizados”, diz. A coleta do Censo começa no dia 1º de agosto.

População do AM cresce, mas percentual de pessoas de até 15 anos cai 7,9 pontos percentuais, em dez anos

Entre 2012 e 2021, o percentual de pessoas abaixo de 15 anos de idade no amazonas caiu 7,9 p.p., no Amazonas, e caiu 4,5 p.p., na capital, Manaus, enquanto houve aumento em todos os grupos acima dessa faixa etária no período. Com isso, pessoas de 16 anos ou mais passaram a representar 72,1% da população total do Amazonas em 2021; em Manaus, 76,2%. Esse percentual era de, respectivamente 66,0% e 70,7%, em 2012, início da série histórica da pesquisa.

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População de até 15 anos (2012-2021)
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População de 16 anos ou mais (2012-2021)

Considerando a população jovem de 0 a 17 anos de idade, o Amazonas apresenta o 5º maior percentual entre os Estados e DF. Em 2021, foi estimado que 31,7% da população do Estado fazia parte desta faixa etária. O Estado com maior percentual foi Roraima (32,5%), e o Estado com menor percentual foi o Rio de janeiro (21,0%).

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Em contrapartida, o Amazonas possui um dos menores percentuais de pessoas com 60 anos ou mais. Em 2021, a população nesta faixa etária era de 9,3%, a quarta menor entre os Estados e DF.

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Mas, apesar, de a população idosa ter um dos menores percentuais por Estados e DF, no período entre 2012 e 2021, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais saltou de 7,0% para 9,3% da população amazonense. Em números absolutos, esse grupo etário passou de 249 mil para 381 mil, crescendo 34,7% no período.

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“É uma mudança na estrutura etária da população brasileira, que reflete a queda no número de jovens e o aumento de idosos. Esse indicador revela a carga econômica desses grupos sobre a população com maior potencial de exercer atividades laborais. Sabemos que há idosos ativos no mercado de trabalho, além de pessoas em idade de trabalhar que estão fora da força. Mas o indicador é importante para sinalizar a potencial necessidade de redirecionamento de políticas públicas, inclusive relativas a previdência social e saúde”, avalia Fontes.

Em 2021, a região Norte tinha a maior concentração dos grupos de idade mais jovens. Cerca de 30,7% da sua população tinham menos de 18 anos. Em seguida, vem o Nordeste (27,3%). Mas tanto o Norte quanto o Nordeste tiveram maior redução da população com essa faixa etária quando comparados às demais regiões.

Já as pessoas com 60 anos ou mais estão mais concentradas no Sudeste (16,6%) e no Sul (16,2%). Por outro lado, apenas 9,9% dos residentes do Norte são idosos. Na comparação com 2012, a participação da população idosa cresceu em todas as grandes regiões.

População branca diminui, e população parda chega a 80,1% do total

Entre 2012 e 2021, a participação da população que se declara branca caiu de 20,2% para 14,3%. No mesmo período, houve crescimento da participação das pessoas autodeclaradas pretas (de 2,5% para 3,0%) e pardas (de 75,1% para 80,1%). Desde 2015, segundo a PNAD Contínua, a maior parte da população residente no país é a dos que se declaram pardos.

Em Manaus, a população branca era de 25,2%, em 2012, tendo diminuído para 18,5%, em 2021. O percentual de pessoas pretas passou de 2,7% para 3,4%, e o de pessoas pardas, de 71,4%, para 77,1%, no período.

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No Sul (75,1%) e no Sudeste (50,7%), havia predomínio de brancos, enquanto o Norte apresentava a menor estimativa dessa população: 17,7%.

O Amazonas foi o Estado que apresentou o menor percentual de população branca do país (14,3%). O Estado com maior população branca foi Santa Catarina (81,5%). Da mesma forma, apresentou o menor percentual de população preta (3,0%); o maior percentual foi o da Bahia (21,5%).

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Já a população parda do Amazonas apresentou, em 2021, o maior percentual entre os Estados e DF: 80,1%, seguido pela população do Amapá (77,3%) e pela do Acre (77,0%).

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Em dez anos, cresce percentual de pessoas que moram sozinhas

Em 2021, havia 1 milhão e 126 mil domicílios particulares permanentes no Amazonas, contra 867 mil, em 2012. Nesses domicílios, o arranjo mais frequente era o nuclear (684 mil), estrutura composta por um único núcleo, seja formado por um casal com ou sem filhos ou enteados ou pelas chamadas famílias monoparentais, quando somente a mãe ou o pai criam os filhos, sem a presença do outro cônjuge.

Ainda em 2021, as unidades domésticas com arranjo nuclear correspondiam a 60,7% do total, no Estado, percentual próximo ao de 2012 (61,7%). Nesse período, a proporção de unidades domésticas unipessoais (com apenas um morador) passou de 7,7% para 11,4% do total. Mesmo com o crescimento em 10 anos, o Amazonas ainda possui um dos menores percentuais de pessoas vivendo sozinhas, na comparação com os demais Estados e DF, o quarto menor percentual, superior apenas ao do Maranhão, Pará e de Roraima.

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Entre as pessoas que moram sozinhas, os homens eram maioria (75,2%). A participação das mulheres nesse tipo de arranjo domiciliar era maior no Sudeste (46,4%) e no Sul (46,5%), enquanto no Norte era de apenas 32,7%.

Unidades domiciliares estendidas

Em 2021, as unidades domésticas com arranjo estendido, ou seja, constituídas pela pessoa responsável com pelo menos um parente, formando uma família não-nuclear correspondiam a 25,9% do total, no Estado. O percentual é o segundo maior entre os Estados e DF, inferior somente ao do Amapá (26,9%).

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Fonte: IBGE – Unidade Amazonas

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