Putin e presidente da União Africana conversaram sobre crise de grãos

Líderes discutiram a atual crise alimentar, bem como a cooperação econômica e humanitária, durante uma reunião na cidade russa de Sochi.

O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente senegalês Macky Sall, que também é presidente da União Africana (UA), discutiram a atual crise alimentar e de grãos durante uma reunião na cidade russa de Sochi nesta sexta-feira (3).

Os líderes também conversaram sobre cooperação econômica e humanitária, segundo comunicado do Kremlin.

No encontro, que aconteceu na residência de Putin em Sochi, em Bocharov Ruchei, o líder russo disse ao presidente da União Africana que “o papel político da África na arena internacional, em geral, está crescendo” e “acreditamos que a África como um todo e seus estados individuais, com os quais tradicionalmente temos muito boas, sem exageros, relações amistosas, têm grandes perspectivas.”

“Com base nisso, pretendemos desenvolver ainda mais nossas relações com a África como um todo e com seus estados individuais”, disse Putin, segundo transcrição do Kremlin.

Sall disse a Putin que “temos grandes esperanças em nossa cooperação, incluindo a cooperação bilateral entre a Rússia e o continente africano, mas também estamos aqui hoje para falar sobre a crise e suas consequências”, de acordo com o Kremlin.

“Como sabem, vários países votaram a favor de resoluções nas Nações Unidas, e deve-se notar que a posição do continente africano é muito diversificada e, apesar de grande pressão, muitos países ainda não condenaram a posição da Rússia”, disse Sal.

“Temos grandes esperanças, e vim aqui hoje para lhes dizer que mesmo países muito distantes do local do conflito em curso estão sofrendo suas consequências”, disse Sall.

Sall também disse que as sanções contra a Rússia agravaram ainda mais a situação, pois interromperam o acesso a grãos, especialmente trigo, da Rússia.

O senegalês afirmou ainda que espera que a UA e a Rússia possam trabalhar juntas para resolver essas questões, pois elas têm “consequências para a segurança alimentar na África”.

Fonte: CNN em Londres

Foto: Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via Reuters

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