Transportadoras registram prejuízo de R$ 20 mi provocados pelos piratas dos rios

Combustíveis são o alvo principal dos ataques agressivos

Com mais um ataque de ‘piratas’ realizado na segunda-feira passada (12), contra um comboio que transportava combustível para a cidade de Porto Velho (RO), o setor de transporte fluvial de cargas no Estado já acumula mais de R$ 20 milhões em perdas somente este ano, com a ação dos ‘barrigas d’água’, de acordo com levantamento realizado pelo Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma).

Ainda segundo a entidade, este foi o segundo roubo de combustíveis somente neste mês provocado pelas quadrilhas que dominam os rios da região.

A ocorrência anterior aconteceu na semana anterior, entre os municípios de Parintins e Juruti (PA). No total foram furtados mais de 620 mil litros apenas nos dois assaltos realizados em setembro.

Foto: Divulgação/Sindarma

“Nestes números não estão incluídas as tentativas diárias que as empresas de navegação conseguem evitar por conta da escolta armada e da ação e perícia dos próprios tripulantes. A situação está muito grave e ainda estamos na metade do mês”, alertou o vice-presidente do Sindarma, Madson Nóbrega.

Agressões

Nóbrega afirmou ainda que além do roubo dos combustíveis e de equipamentos, os criminosos estão ameaçando e agredindo fisicamente os marinheiros e profissionais que trabalham nas embarcações.

“No ritmo em que a situação se encontra nos rios, em pouco tempo haverá falta de tripulantes, uma vez que ninguém vai arriscar a vida em uma atividade de alto risco e isso poderá gerar problemas de abastecimento de produtos de primeira necessidade, principalmente de combustível, nos municípios do interior”, acrescentou.

Foto: Divulgação/Sindarma

Ainda de acordo com Nóbrega, a situação fica mais complicada no período de vazante dos rios por conta da dificuldade para navegar em certos trechos em que há maior incidência de bancos de areia e pedras, como no Rio Madeira, fatores que obrigam as embarcações a reduzirem a velocidade e desta forma, facilitam a abordagem dos ‘piratas’.

Fonte: Press Comunicação Estratégica / Fotos: Divulgação

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